2020: Um aprendizado
Quem poderia imaginar que, em novembro de 2020, o mundo estaria mergulhado numa pandemia – a qual provocou mudanças tão profundas na vida das pessoas e das empresas? A realidade, mais uma vez, supera a ficção, tendo por referência o filme intitulado – “Pandemia – A salvação da humanidade”.
O fato é que ela está aí. E não há outro remédio, senão enfrentá-la. Tivemos muitas vítimas que não resistiram, infelizmente. Assim como empresas, que não suportaram a crise de consumo provocada por ela.
O cenário é extremamente preocupante para o setor de turismo, em especial. Desde o início, temos visto fatos e dados que comprovam que esse é o setor mais duramente atingido pela crise econômica, reflexo da COVID-19.
Sabe-se que o setor move-se por dois segmentos de mercado, distintos e complementares: o corporativo e o do lazer. Ambos caminham juntos. Um não sobrevive sem o outro. O mix desses segmentos, dos serviços, produtos e preços é necessário para a existência de um gigantesco ecossistema.
A demanda pelo turismo de lazer apresenta um retorno menos dramático, até porque as pessoas já não aguentam ficar tanto tempo confinadas em suas casas.
Já as empresas, a maior parte delas tem demonstrado muita resistência, quanto ao retorno às atividades normais. O home office é um fator que contribui decisivamente. O isolamento também. Muitas empresas recusam-se a abrir as portas para receber visitantes. A tecnologia substituiu, em parte, o distanciamento. Mas negócios já começam a acontecer. Oportunidades começam a ressurgir.
Na realidade, não há como as coisas voltarem ao normal conhecido. E não sabemos qual a proporção da retomada em relação ao antes. Tem mais: novos custos entraram na composição de preços. Já sentimos isso numa simples visita ao supermercado. E o setor de viagens, corporativas ou não, deve seguir o mesmo caminho.
Os protocolos de saúde somam-se àqueles da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e, com isso, novas dinâmicas para a categorização dos fornecedores e novos cenários de oferta de serviços. Enfim, uma composição de fatores que nos obrigará, a todos, a rever os modelos de negócios.
Em resumo, podemos afirmar que 2020 transformou-se em um ano de reflexão. E olha que tínhamos grandes expectativas de crescimento econômico em todos os setores. Tudo parou, de repente, em março. E esse estado de coisas se estendeu pelo ano todo, para muitos setores. Entre eles, o de viagens.
Que em 2021 possamos, oxalá, recuperar nossas expectativas!
* Gervasio Tanabe é presidente executivo da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas - Abracorp
Última notícia:
Edições anteriores
Viagens corporativas continuam em recuperação e crescem 96% em setembro
Novembro / 2021
Confira tudo o que aconteceu no 8º Fórum Abracorp
Outubro / 2021
LATAM: avião solidário auxilia nos cuidados durante a pandemia
Outubro / 2021
8º Fórum Abracorp
Outubro / 2021
Abracorp revela reaquecimento do turismo corporativo
Setembro / 2021
Inovação: Abracorp implanta Sistema de Gestão de Segurança da Informação
Setembro / 2021
Os três atributos das Agências de Viagens Corporativas: segurança, flexibilidade e negociação
Agosto / 2021
Volta das viagens: produtividade é palavra-chave para TMCs
Agosto / 2021
Retomada do turismo prevê volta dos eventos corporativos
Agosto / 2021
Mês do Pais: viagens corporativas x distância
Agosto / 2021
O CAMINHO PARA A RETOMADA
Julho / 2021
CONVIVENDO COM A COVID19
Abril / 2021
2020: UM APRENDIZADO
Março / 2021
O NOVO NORMAL E O "ASSÉDIO MORAL CORPORATIVO"
Setembro / 2020
SUSTENTABILIDADE PRESSUPÕE EVOLUÇÃO DO ECOSSISTEMA E NÃO SUA DESTRUIÇÃO
Junho / 2020
VALOR: A CHAVE PARA SOBREVIVER NO PÓS-CRISE
Maio / 2020
Compartilhe